A Conmebol repudiou, por meio de uma nota oficial enderaçada à Fifa, as falas proferidas pelo ex-treinador Arsène Wenger, hoje chefe de desenvolvimento da entidade máxima do futebol.
Ao comentar sobre o atacante Kyllian Mbappé, o francês afirmou que o jovem não estaria no patamar em que está hoje se tivesse nascido em Camarões. Para o executivo da Fifa, o “resto do mundo” precisa de ajuda da Europa, caso contrário muitos talentos podem ser perdidos.
Segundo a Conmebol, os comentários de Wenger revelam “uma insólita ignorância acerca da valiosa contribuição dos jogadores ao futebol mundial, muito em especial o europeu”.
Além disso, o órgão apontou que as falas “mostram tendências depreciativas que inviabilizam o esforço de futebolistas e instituições esportivas que não ‘estão na Europa’ “.
“Assim como os africanos, nós sul-americanos conhecemos, muito bem e em primeira mão, esse tipo de atitudes que parte da crença de que o mundo começa e termina na Europa. O talento, o espírito de sacrifício e o desejo de superação dos jogadores africanos e sul-americanos deve ser valorizado e respeitado”, escreveu a Conmebol.
La CONMEBOL condena expresiones con claro sesgo discriminatorio.https://t.co/zrmnuu6eSR
— CONMEBOL.com (@CONMEBOL) June 14, 2022
Decisão sobre as cinco substituições
Ainda na carta enderaçada à Fifa, a Conembol protestou sobre ter sido deixada de fora da decisão tomada pela entidade que alterou o número se substituições dentro de uma partida oficial de três para cinco, em decorrência das consequências da pandemia.
De acordo com a instituição sul-americana, a Fifa não solicitou a opinião nem da Conmebol e nem de suas associações membro acerca do tema.
O post À Fifa, Conmebol repudia fala de Wenger e reclama de não ter sido consultada sobre cinco substituições apareceu primeiro em Gazeta Esportiva.